Por: Talita Waatanabe
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é mais do que uma data no calendário. É um marco para refletir sobre a história, os desafios e as conquistas do povo negro no Brasil. A escolha do dia não é aleatória; homenageia Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo das Américas, um símbolo de resistência e luta por liberdade.
Nesse contexto, as vivências das mulheres negras merecem um destaque especial. Elas são as guardiãs de saberes ancestrais, líderes em suas comunidades e protagonistas de movimentos que transformam a sociedade. No entanto, enfrentam o peso do racismo e do machismo, que as coloca, muitas vezes, em situações de vulnerabilidade social e econômica.
A data não é apenas uma oportunidade para lembrar o passado de opressão, mas também para discutir o presente e planejar o futuro. Para as mulheres negras, o Dia da Consciência Negra é um chamado ao reconhecimento de sua força e resiliência. É o momento de afirmar que empoderamento feminino negro não é apenas um conceito, mas uma realidade transformadora que precisa ser amplamente apoiada e celebrada.
Ser uma mulher negra no Brasil significa carregar a ancestralidade africana na pele e no coração. Significa lutar por espaço em uma sociedade que ainda se nega a oferecer igualdade de oportunidades. No entanto, também significa ser símbolo de força e criatividade. Seja na academia, na política, no mercado de trabalho ou na arte, mulheres negras têm desafiado os estereótipos e reivindicado seu lugar de direito.
O Dia da Consciência Negra nos convida a agir, a enxergar as desigualdades estruturais e a celebrar o protagonismo negro. Ele reforça que a luta por igualdade racial também é uma luta pela valorização das mulheres negras. Porque quando elas vencem, toda a sociedade avança.
Talita Waatanabe é empreendedora e atualmente assume a empresa 4us