“Eu sou a prova viva de que projetos sociais transformam vidas”, diz Wellington Adriano em entrevista a Val Marchiori

“Eu sou a prova viva de que projetos sociais transformam vidas”, diz Wellington Adriano em entrevista a Val Marchiori

Fundador do Instituto Caixa da Esperança, Wellington Adriano compartilha sua trajetória e o impacto de suas ações sociais na Zona Leste de São Paulo

Transformação social através da inclusão: a história de Wellington Adriano

O podcast comandado por Val Marchiori recebeu um convidado especial: Wellington Adriano, fundador do Instituto Caixa da Esperança, uma organização que promove inclusão social na Zona Leste de São Paulo. O projeto, que começou como uma ação solidária, cresceu e hoje impacta milhares de famílias, oferecendo capacitação profissional e oportunidades para quem mais precisa.

Durante a entrevista, Wellington relembrou sua infância e a motivação por trás do Instituto. “Eu sou aquela criança que recebeu brinquedo, roupa, calçado. Minha família sempre passou necessidade. Hoje, retribuo tudo o que fizeram por mim”, afirmou.

Da infância carente à liderança de um projeto social

Criado em um ambiente de vulnerabilidade, Wellington cresceu sentindo na pele as dificuldades que muitas famílias enfrentam. Ele conta que pequenas ações de solidariedade marcaram sua vida e foram decisivas para sua transformação. “As pessoas que me ajudaram quando eu era criança não imaginam o impacto que isso teve na minha trajetória”, relatou.

Com essa consciência, ele decidiu criar o Instituto Caixa da Esperança para devolver à sociedade o apoio que recebeu. No início, Wellington organizava pequenas campanhas para distribuir alimentos e brinquedos, mas o projeto tomou proporções maiores. Hoje, o Instituto atende mais de 7 mil crianças, oferecendo não apenas doações, mas também capacitação profissional.

Educação e qualificação: pilares do Instituto Caixa da Esperança

Um dos diferenciais do Instituto é o foco na educação. Wellington faz questão de acompanhar o desempenho escolar das crianças atendidas. “Se a criança não passar de ano, não recebe presente. Precisamos estimular o estudo, porque estamos formando uma nova geração”, explicou.

Além disso, o Instituto oferece cursos profissionalizantes voltados principalmente para mulheres. A formação em confeitaria, panificação e salgados já capacitou milhares de alunas, que hoje empreendem e geram renda para suas famílias. Empresas parceiras, como a Ginza Confetti e a Ferre Fornos, contribuem para o sucesso dessas iniciativas.

Superando desafios: enchentes, pandemia e apoio do setor privado

O caminho do Instituto não foi fácil. Durante a pandemia, Wellington enfrentou grandes dificuldades financeiras, mas sua força de vontade e a solidariedade de parceiros fizeram a diferença. “Uma amiga me doou 10 cestas básicas. Eu poderia ter ficado com elas, mas sabia que havia muitas famílias precisando. Então, reparti”, contou emocionado.

Outro desafio foi a enchente de março de 2020, que devastou a comunidade. “Uma mãe me chamou às 3h da manhã. Descemos juntos e encontramos a favela inteira debaixo d’água. No mesmo dia, essa mãe perdeu o filho, que tentou ajudar a salvar outras pessoas e foi levado pela correnteza. Isso me marcou profundamente”, relembrou.

Hoje, a realidade está mudando. Com o apoio da Prefeitura de São Paulo, as famílias que viviam em áreas de risco estão sendo realocadas para moradias dignas. Além disso, um parque linear está sendo construído para oferecer lazer, cultura e esporte à comunidade.

O impacto do Instituto e os próximos passos

O trabalho de Wellington já transformou a vida de inúmeras pessoas. Jovens que não tinham perspectiva agora têm acesso a bolsas de estudo e oportunidades profissionais. Ex-alunos do curso de confeitaria hoje possuem seus próprios negócios e vendem seus produtos pelo iFood.

O Instituto continua crescendo e já tem eventos programados para os próximos meses. Em junho, será realizado um Jantar Solidário, e em dezembro, a grande festa de Natal para crianças da comunidade. “Queremos arrecadar o máximo de brinquedos e proporcionar um dia inesquecível para elas”, disse Wellington, convidando Val Marchiori para participar da ação.

Emocionada com a iniciativa, Val aceitou o convite para ser madrinha do Instituto. “É uma honra para mim fazer parte desse projeto tão lindo”, declarou.

Como ajudar e fazer a diferença

Para quem deseja contribuir, Wellington reforça que o Instituto precisa tanto de doações quanto de voluntários. Empresas e indivíduos podem apadrinhar crianças, oferecer cursos ou simplesmente participar das ações sociais. “Não basta doar, é preciso acompanhar e garantir que a ajuda chegue a quem realmente precisa”, ressaltou.

O Instituto Caixa da Esperança pode ser seguido no Instagram: @instituto.hope.box e seu site oficial é www.instituto.hope.box.com.

A história de Wellington Adriano é um exemplo de resiliência, empatia e transformação social. Ele prova que, com oportunidades e apoio, é possível mudar vidas – começando por quem mais precisa.

 

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