Iniciativa pioneira transforma a ginecologia no Brasil com foco na saúde integral da mulher 40+
A ginecologia no Brasil ganhou um novo modelo de abordagem com a criação da “AbraGin” — “Academia Brasileira de Ginecologia Hormonal, Funcional e Estética”, fundada pelas médicas Dra. Juliana Risso e Dra. Manoela Souza. Com uma proposta que une ciência, humanização e visão holística, o projeto nasceu para transformar o atendimento à mulher, especialmente na fase da menopausa e da transição hormonal, ainda negligenciada pela medicina tradicional. Baseada em evidências científicas, a iniciativa combina educação médica continuada e responsabilidade social, com o objetivo de capacitar profissionais para um atendimento personalizado e resgatar a essência da medicina: o paciente como protagonista.
A inspiração para a AbraGin surgiu a partir de histórias pessoais e profissionais das fundadoras. A Dra. Juliana Risso, ginecologista com formação em nutrologia e medicina ortomolecular, relata que a jornada começou ainda na faculdade. “Sempre senti que tinha a missão de ajudar mulheres. Quando conheci a Manu [Dra. Manoela], ela também tinha esse propósito. Ela sabe fazer acontecer e disse: ‘A gente vai fazer acontecer juntas’”, conta.
Segundo a médica, o foco da AbraGin não está apenas na parte técnica e científica do atendimento médico, mas também em um olhar mais amplo e holístico para as necessidades das mulheres em todas as fases da vida. Ela destaca ainda a importância de conhecer a paciente de maneira completa, o que inclui, além do acompanhamento clínico, entender o histórico de saúde, os aspectos emocionais e outros fatores que impactam sua qualidade de vida. “A mulher é muito mais do que partes isoladas; ela é um todo que integra mente, corpo e espírito. A gente tem que saber o que há por trás dessa paciente. A menopausa, que começa mais ou menos nessa faixa etária dos 40+, só é diagnosticada e tratada corretamente por 6 a 7% dos médicos no Brasil. Isso nos fez querer batalhar por essas mulheres, por esse atendimento personalizado, e mostrar que a medicina integral pode ser aliada à medicina tradicional — sem picaretagem, sem fórmula de bolo, sem receitas de gaveta”, afirma.
Uma das principais iniciativas do projeto é o “IntegraGin”, uma mentoria exclusiva voltada para médicos que desejam se especializar no atendimento de mulheres em transição para a menopausa. O programa visa aprimorar a prática médica, ensinando aos profissionais uma abordagem mais completa, que vai além dos tratamentos convencionais, ao mesmo tempo em que resgata o valor da profissão. “O IntegraGin começou com uma mentoria em que ensino o conteúdo introdutório para os médicos, para que saibam tratar dessa mulher na prática do consultório. E, ao mesmo tempo, ajudamos os médicos a fazer a medicina correta, promovendo o resgate das especialidades, da medicina baseada em evidências, valorizando o médico e o tirando de plantões exaustivos e dos convênios. Porque, nos convênios, o médico precisa atender até 40 pacientes por turno — e, assim, não consegue oferecer a atenção integral que a gente preza para essa mulher”, explica.
Por fim, a Dra. Manoela Souza destaca que a academia tem como missão a educação continuada dos médicos, aliando ciência e prática clínica para garantir um atendimento mais qualificado e acessível. A médica reforça que o projeto busca impactar mulheres de diferentes realidades socioeconômicas. “Temos esse braço voltado à educação, à saúde da população e à responsabilidade social, com projetos sociais. Muito mais do que qualificar o atendimento médico para fornecer o tratamento e a prescrição corretos, também é necessário alcançar todas as mulheres do Brasil. Queremos atender não apenas as mulheres de classes mais altas, mas também as da classe média e aquelas em situação de vulnerabilidade. Por isso, estamos lutando por mais recursos para o SUS e para as comunidades, além de capacitar médicos para um atendimento de altíssimo padrão, baseado em ciência, nas especialidades de ginecologia, nutrologia, endocrinologia, medicina do esporte e medicina do trabalho. Também buscamos incluir aspectos de inclusão social, emprego e renda, que são extremamente importantes. Nossa missão é transformar o mundo e as comunidades 40+, deixando nossa marca e nosso legado no Brasil”, declara.
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