“O comportamento narcisista e psicopata já começa na infância”, afirma Dra. Nádia Ribeiro no podcast ‘Pensando Direito’
Podcast da Rede Alto Tietê aborda transtornos de personalidade e suas implicações jurídicas com especialistas convidadas
A frase-chave “o comportamento narcisista e psicopata já começa na infância” marcou a participação da advogada Dra. Nádia Ribeiro no podcast “Pensando Direito”, exibido pela Rede Alto Tietê em Guarulhos. O episódio reuniu especialistas para debater os impactos dos transtornos de personalidade na sociedade e no sistema jurídico brasileiro.
A chegada da Rede Alto Tietê em Guarulhos
Com mais de 1,3 milhão de habitantes, Guarulhos agora conta com uma nova unidade da emissora oficial da Claro, disponível no canal 527 e também no YouTube. O estúdio de podcast da TV, batizado de “Pod na Rede”, tem se destacado por oferecer espaço para discussões relevantes, com conteúdos que vão do entretenimento à cidadania.
Localizado ao lado do Hotel Mônaco, no centro da cidade, o estúdio possui estrutura moderna e estacionamento, atraindo podcasters e convidados renomados. A programação inclui jornalismo, gastronomia, arquitetura, saúde e muito mais.
Transtornos de personalidade em pauta
No episódio mais recente, a apresentadora Cíntia Pretel recebeu a advogada criminalista e de família Dra. Nádia Ribeiro e a psicóloga Dra. Juliana Lemos, especialista em terapia cognitivo-comportamental. O tema central do encontro foi a correlação entre transtornos de personalidade — como o narcisismo e o antissocial — e suas implicações jurídicas.
Segundo a Dra. Juliana, há uma banalização crescente nas redes sociais sobre diagnósticos como “narcisista” ou “psicopata”. “Muitas vezes, as pessoas se referem assim a alguém próximo sem critérios clínicos. Mas o diagnóstico exige avaliação profissional e o cumprimento de critérios estabelecidos pelo manual estatístico de transtornos mentais, como o DSM ou o CID”, afirmou.
O impacto dos abusos na formação da personalidade
Durante a conversa, as especialistas explicaram que transtornos como o narcisista ou o antissocial são multifatoriais. “Não é apenas o trauma ou o abuso na infância que gera o transtorno. É como um bolo, com vários ingredientes”, comparou Juliana.
Esses transtornos envolvem padrões persistentes de comportamento e visão distorcida da realidade. A ausência de empatia, grandiosidade e remorso são sinais presentes em quadros mais graves.
A correlação com o direito e a responsabilidade social
Dra. Nádia fez uma ponte com o episódio anterior, que discutiu abandono afetivo com a advogada Tamiris Ribeiro. “A infância negligenciada pode ser um dos fatores para o desenvolvimento de transtornos. Por isso, o cuidado com crianças é responsabilidade não só da família, mas também do Estado e da sociedade.”
Ela ainda destacou que a legislação penal brasileira vem avançando. “Hoje, com leis mais rígidas, como a do feminicídio e da violência doméstica, o sistema tem ferramentas para punir, por exemplo, comportamentos de agressores com traços narcisistas ou psicopatas”, disse.
Desafios jurídicos e critérios de imputabilidade
Ao abordar os desafios legais, a advogada explicou que comprovar juridicamente um transtorno exige laudos técnicos e perícias psiquiátricas. “Esses indivíduos podem ser responsabilizados penalmente, a menos que seja comprovada a inimputabilidade, o que também requer rigorosos critérios clínicos.”
Por fim, o episódio destacou a importância do diagnóstico correto, do tratamento multidisciplinar e da atenção às crianças em situação de vulnerabilidade como medidas preventivas.
O podcast “Pensando Direito” vai ao ar todas as quintas-feiras, às 15h, ao vivo, na TV Rede Alto Tietê e também no YouTube.
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