POR: Psiquiatra Dra. Ana Paula Filgueiras
A relação entre saúde mental e o uso de maconha é complexa e multifacetada. Alguns estudos sugerem que o uso frequente dessa substância pode aumentar o risco de transtornos mentais, tais como ansiedade, depressão, psicose e esquizofrenia. Por outro lado, pessoas que já possuem transtornos mentais podem utilizar a maconha como uma forma de automedicação, buscando alívio dos sintomas.
Além disso, o uso da maconha pode afetar a cognição, a memória e a atenção, comprometendo, assim, o desempenho acadêmico e profissional, além de impactar a qualidade de vida.
Portanto, é importante abordar o uso da maconha com cautela e buscar ajuda profissional em caso de uso abusivo ou dependência. As intervenções para o tratamento do uso de maconha incluem abordagens multidisciplinares, com a participação de profissionais de saúde mental, médicos e terapeutas.
Nos casos em que há o uso como automedicação, é essencial que a pessoa receba um tratamento específico para o transtorno mental, evitando o uso de substâncias como forma de lidar com os sintomas. Além disso, é fundamental adotar uma abordagem individualizada, levando em consideração as necessidades e desafios específicos de cada pessoa.
Em resumo, o uso da maconha pode ter um impacto significativo na saúde mental, aumentando o risco de transtornos mentais e comprometendo a qualidade de vida. Portanto, é fundamental abordar o uso da maconha com cautela e buscar ajuda profissional em caso de uso abusivo ou dependência.