Sarah Aline comenta mudança na NR-1, que passa a exigir das empresas ações efetivas sobre riscos psicossociais no ambiente de trabalho

Psicóloga e influenciadora digital fala sobre a atualização da NR-1, que entra em vigor no dia 26 de maio e obriga empregadores a incluírem os riscos psicossociais na gestão de segurança e saúde do trabalho

A partir de 26 de maio de 2025, todas as empresas brasileiras que contratam via CLT deverão, por lei, incluir os riscos psicossociais na avaliação de riscos ocupacionais. A mudança vem com a nova redação da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, e marca um passo importante na forma como o cuidado com a saúde mental deve ser tratado no ambiente de trabalho.

Esses riscos psicossociais envolvem situações como estresse crônico, sobrecarga de trabalho, conflitos interpessoais, assédio moral ou sexual, pressão constante por resultados e ambientes tóxicos — fatores que impactam diretamente o bem-estar e a saúde emocional de quem trabalha. A nova diretriz exige que esses aspectos sejam identificados, monitorados e prevenidos dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) das empresas.

Para Sarah Aline, psicóloga e influenciadora, essa atualização representa um avanço necessário. “Finalmente estamos reconhecendo que saúde mental também é uma questão de segurança no trabalho. Ignorar o sofrimento psíquico de quem trabalha tem um custo alto, humano e produtivo. Essa norma é um passo essencial para que o cuidado deixe de ser visto como um extra e passe a fazer parte da cultura das empresas”, afirma.

Com isso, as organizações deverão desenvolver ações preventivas, acompanhar esses riscos de forma contínua e criar estratégias que promovam o bem-estar psicológico das equipes. A não conformidade com a NR-1 pode resultar em multas, ações judiciais e consequências internas, como aumento de afastamentos, queda de produtividade e rotatividade.

A expectativa é que a nova exigência contribua para ambientes de trabalho mais humanos, seguros e saudáveis, em que o cuidado emocional das pessoas deixe de ser tratado como secundário e passe a ser parte da estrutura organizacional.