Segunda edição do Game Over agita Belo Horizonte com competição de breaking

Segunda edição do Game Over agita Belo Horizonte com competição de breaking

Após sucesso em sua primeira edição, o evento Game Over retorna às ruas de Belo Horizonte para uma nova rodada de breaking com direito a premiação aos vencedores. O encontro será no Centro da capital, na Rua Aarão Reis, altura do número 542, a partir de 13 horas do dia 10 de novembro.

Acompanhando a competição, o evento também preparou uma lista de artistas de peso. Estão confirmados os DJs Def Brks e DJ Ronald, além de apresentações dos mestres de cerimônia e residentes MC Afrokong e DJ Indio. Completando a lista, ainda está confirmado um pocket show da Churcks MC.

Nas pistas de dança valendo troféu, os jurados Debbkilla, Ratoloko e Bboy Batata avaliam os participantes da competição e decidirão quem será o grande campeão 2×2 que irá embolsar um prêmio de R$ 1,5 mil. O segundo colocado também fatura uma bolada de R$ 500.

Recentemente incluído no programa dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, o breaking impressionou todo o mundo com as apresentações dos medalhistas de ouro Philip Kim (Canadá) e Ami Yuasa (Japão). Distante da França, mas já na realidade dos mineiros, MC Afrokong, que também é idealizador do evento, explica como é importante a inclusão de culturas plurais no cotidiano da cidade.

“Belo Horizonte é uma cidade bastante diversa. E meio essa diversidade é importante promover ações que podem influenciar o nascimento ou o fortalecimento de culturas que não são de massa. É isso que buscamos com o Game Over. Queremos criar oportunidades para incentivar talentos que, muitas vezes, são ofuscados pela massa”, discursa o MC.

Nessa segunda edição, a produção do evento ainda guarda duas novidades. Primeiro uma batalha kids de breaking para os jovens que já tem a chama da dança acesa. Também estão sendo preparadas oficinas criativas da modalidade para que mais pessoas saibam a origem da dança, além de impulsos para iniciação.

Ainda que falta alguns dias para o evento, Vitor Gonzaga, diretor da Encruza Produções, empresa responsável pela produção do evento, está otimista e vislumbra ir muito além. “Temos certeza que estamos fazendo a coisa certa e que nosso trabalho vai colaborar muito para o breaking ganhar mais espaço em Belo Horizonte. Isso é o genuíno estímulo a cultura. Estamos, inclusive, de olho na terceira edição”, completa.

História

Originado nos anos 70 no Bronx, Nova York, o breaking emergiu das comunidades negra e latina como forma de resolver disputas territoriais pacificamente. “A modalidade nasceu para transformar conflitos em competições de dança e afastou a juventude da violência das gangues, transformando uma nova era de expressão cultural que se entrelaça com a música, a dança, a arte e a moda da cultura hip-hop. Este movimento rapidamente ganhou adeptos em todo o mundo, chegando ao Brasil nos anos 80, onde grupos se formaram para praticar e competir, especialmente em locais como a estação São Bento em São Paulo”, finaliza Vitor.

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